1 Antigamente, o duelo ( † ) surgia por hábito deplorável, desfigurando o caráter e enodoando a cultura.
2 Empenhavam-se antagonistas; com a presença de testemunhas; em golpes violentos, legalizando o homicídio em nome da honra.
3 O progresso aboliu semelhante nódoa de nossa face, todavia, o conflito continua em outras modalidades, a dentro de nossa vida.
4 Não mais a característica fulminante dos apetrechos de matar ou ferir, mas o golpe em câmara lenta que o ódio e a incompreensão, a ignorância e a crueldade arremessam por onde passam, gerando perturbações e enfermidade.
5 Por toda parte, vemos o duelo mental torturando e aniquilando criaturas, mantido por nossas atitudes delituosas de uns para com os outros, quando não se exprime, sem forma perceptível aos sentidos comuns, à feição da troca de dardos invisíveis, penetrando corações, arrojando-os, muitas vezes, aos tormentos do hospício ou à vala da morte.
6 Fujamos de toda ideia que signifique discórdia e maledicência, ciúme e desespero, maldade e intolerância, porquanto, as imagens desse teor, a fluírem constantes de nossa fonte mental, possuem vitalidade própria, corporificando-se com a persistência de nossas irreflexões repetidas e atingindo o objetivo de nossas projeções, a operarem desajuste e flagelação regressando a nós mesmos, em lamentável retorno, trazendo-nos de volta, a aflição e o infortúnio que tivermos causado.
7 O amor é Lei Universal, mas a Justiça nos segue, serena e inexorável, para que todos nós tenhamos no caminho o justo pagamento de nossas próprias obras.
Emmanuel