“Amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro.” — (1 PEDRO, 1.22)
1 Espíritos levianos, em todas as ocasiões, deram preferência às interpretações maliciosas dos textos sagrados.
2 O “amai-vos uns aos outros” ( † ) não escapou ao sistema depreciativo. 3 A Esfera superior, entretanto, sempre observa a ironia à conta de ignorância ou infantilidade espiritual das criaturas humanas.
4 A sublime exortação constitui poderosa síntese das teorias de fraternidade.
5 O entendimento e a aplicação do “amai-vos” é a meta luminosa das lutas na Terra. 6 E a quantos experimentam dificuldade para interpretar a recomendação divina temos o providencial apontamento de Pedro, quando se reporta ao coração puro.
7 Conhecem os homens alguns raios do amor que não passam de réstias fugidias, a luzirem através das muralhas dos interesses egoísticos, porque a maioria das aproximações de criaturas, na Crosta da Terra, inspiram-se em móveis obscuros e mesquinhos, no terreno dos prazeres fáceis ou das associações que se dirigem para o lucro imediatista.
8 O amor a que se refere o Evangelho é antes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
9 Muita gente afirma que ama, contudo, logo que surjam circunstâncias contra os seus caprichos, passa a detestar. Gestos que aparentavam dedicação convertem-se em atitudes do interesse inferior.
10 Relativamente ao assunto, porém, o apóstolo fornece a nota dominante da lição. Amemo-nos uns aos outros, ardentemente, mas guardemos o coração elevado e puro.
Emmanuel