“Vós, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.” — Paulo. (COLOSSENSES, 3.12)
1 Indubitavelmente, não basta apreciar os sentimentos sublimes que o Cristianismo inspira.
É indispensável revestirmo-nos deles.
2 O apóstolo não se refere a raciocínios.
Fala de profundidades.
3 O problema não é de pura cerebração.
É de intimidade do ser.
4 Alguém que possua roteiro certo do caminho a seguir, entre multidões que o desconhecem, é naturalmente eleito para administrar a orientação.
5 Detendo tão copiosa bagagem de conhecimentos, acerca da eternidade, o cristão legítimo é pessoa indicada a proteger os interesses espirituais de seus irmãos na jornada evolutiva; no entanto, é preciso encarecer o testemunho, que não se limita à fraseologia brilhante.
6 Imprescindível é que estejamos revestidos de “entranhas de misericórdia” para enfrentarmos, com êxito, os perigos crescentes do caminho.
7 O mal, para ceder terreno,
compreende apenas a linguagem do verdadeiro bem; 8 o orgulho, a fim de
renunciar aos seus propósitos infelizes, não entende senão a humildade.
9 Sem espírito fraternal, é impossível quebrar o escuro estilete do egoísmo.
10 É necessário dilatar sempre as reservas de sentimento superior, de modo a avançarmos, vitoriosamente, na senda da ascensão.
11 Os espiritistas sinceros encontrarão luminoso estímulo nas palavras de Paulo. 12 Alguns companheiros por certo observarão em nossa lembrança mero problema de fé religiosa, segundo o seu modo de entender; todavia, entre fazer psiquismo por alguns dias e solucionar questões para a vida eterna, há sempre considerável diferença.
Emmanuel