“Guardai-vos dos maus obreiros.” — Paulo. (FILIPENSES, 3.2)
1 Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.
2 Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
3 Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. 4 Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
5 Estimam as apreciações desencorajadoras.
6 Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
7 Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
8 Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
9 Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.
10 Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
11 Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
12 Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
13 Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
14 Fazem-se advogados para serem acusadores.
15 Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
16 Costumam lamentar-se por vítimas para serem verdugos mais completos.
17 “Guardai-vos dos maus obreiros.”
O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.
Emmanuel