“Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade.” — Paulo. (2 TIMÓTEO, 2.16)
1 Poucas expressões da vida social ou doméstica são tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos monstros do crime.
2 A atividade religiosa e científica há descoberto numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por extinguir-lhes os focos essenciais.
3 Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate ao álcool e à sífilis?
4 Ninguém lhes contesta a influência destruidora. Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
5 Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas sombras.
Raros meditam nisto.
6 Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
7 Deus criou a palavra, o homem engendrou o falatório.
8 A palavra digna infunde consolação e vida. A murmuração perniciosa propicia a morte.
9 Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
10 Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? 11 Se há educadores preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos desvarios da conversação?
12 Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrecê-la.
13 Desprezar as sagradas possibilidades do verbo, quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
14 Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter lugar digno e adequado.
15 Falatório é desperdício. E quando assim não seja não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando Espíritos valorosos e comunidades inteiras.
Emmanuel