“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão e no partir do pão e nas orações.” — (ATOS, 2.42)
1 Observadores menos avisados pretendem encontrar inteira negação de espiritualidade nos acontecimentos atuais do Planeta.
2 Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permaneçam cerradas para sempre.
3 E comentam entusiasmados, como se divisassem um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.
4 Asseveram muitos que o Céu estancou a fonte das dádivas, esquecendo-se de que a generalidade dos crentes entorpeceu a capacidade de receber.
5 Onde a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? Onde a fé que punha afirmações imortais na boca ferida dos mártires anônimos? Onde os sinais públicos das vozes celestiais? Onde os leprosos limpos e os cegos curados?
6 As oportunidades do Senhor continuam fluindo, incessantes, sobre a Terra.
7 A misericórdia do Pai não mudou.
A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
8 A atitude dos cristãos, na atualidade, porém, é muito diferente. Raríssimos perseveram na doutrina dos apóstolos, na comunhão com o Evangelho, no espírito de fraternidade, nos serviços da fé viva. 9 A maioria prefere os chamados “pontos de vista”, comunga com o personalismo destruidor, fortalece a raiz do egoísmo e raciocina sem iluminação espiritual.
10 A Bondade do Senhor é constante e imperecível.
11 Reparemos, pois, em que direção somos perseverantes.
12 Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo.
Emmanuel