“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera.” — Jesus. (MARCOS, 4.19)
1 A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.
2 Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.
3 Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.
4 Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa. 5 Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.
6 A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.
7 A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns Espíritos privilegiados pelo favor divino.
Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências.
8 A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
9 Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.
10 A lição do Evangelho é semente viva.
O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.
11 É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.
12 Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do autoexame.
13 Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.
Emmanuel