“Antes sede uns para com os outros benignos.” — Paulo. (EFÉSIOS, 4.32)
1 Grande massa de aprendizes queixa-se, por vezes, da ausência de grandes oportunidades nos serviços do mundo.
2 Aqui, é alguém desgostoso por não haver obtido um cargo de alta relevância; além, é um irmão inquieto porque ainda não conseguiu situar o nome na grande imprensa.
3 A maioria anda esquecida do valor dos pequenos trabalhos que se traduzem, habitualmente, num gesto de boas maneiras, num sorriso fraterno e consolador… 4 Um copo d’água pura, 5 o silêncio ante o mal que não comporta esclarecimentos imediatos, 6 um livro santificante que se dá com amor, 7 uma sentença carinhosa, 8 o transporte de um fardo pequenino, 9 a sugestão do bem, 10 a tolerância em face de uma conversação fastidiosa, 11 os favores gratuitos de alguns vinténs, 12 a dádiva espontânea ainda que humilde, 13 a gentileza natural, constituem serviços de grande valor que raras pessoas tomam à justa consideração.
14 Que importa a cegueira de quem recebe? que poderá significar a malevolência das criaturas ingratas, diante do impulso afetivo dos bons corações? 15 Quantas vezes, em outro tempo, fomos igualmente cegos e perversos para com o Cristo, que nos tem dispensado todos os obséquios, grandes e pequenos?
16 Não te mortifiques pela obtenção do ensejo de aparecer nos cartazes enormes do mundo. Isso pode traduzir muita dificuldade e perturbação para teu Espírito, agora, ou depois.
17 Sê benevolente para com aqueles que te rodeiam.
18 Não menosprezes os servicinhos úteis.
Neles repousa o bem-estar do caminho diário para quantos se congregam na experiência humana.
Emmanuel