“Eu sou o caminho e a verdade.” — Jesus. (JOÃO, 14.6)
1 Por enquanto, ninguém se atreverá, em boa lógica, a exibir, na Terra, a verdade pura, ante a visão das forças coletivas.
2 A profunda diversidade das mentes, com a heterogeneidade de caracteres e temperamentos, aspirações e propósitos, impede a exposição da realidade plena ao espírito das massas comuns.
3 Cada escola religiosa, em razão disso, mantém no mundo cursos diferentes da revelação gradativa. A claridade imaculada não seria, no presente estágio da evolução humana, assimilável por todos, de imediato.
4 Há que esperar pela passagem das horas. Nos círculos do tempo, a semente, com o esforço do homem, provê o celeiro; e o carvão, com o auxílio da natureza, se converte em diamante.
5 Por isto, vemos verdades estagnadas nas igrejas dogmáticas, verdades provisórias nas ciências, verdades progressivas nas filosofias, verdades convenientes nas lides políticas e verdades discutíveis em todos os ângulos da vida civilizada.
6 Semelhante imperativo, porém, para a mentalidade cristã, apenas vigora quanto às massas.
7 Diante de cada discípulo, no reino individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora.
8 Todo aquele que lhe descobre a luz bendita, absorve-lhe os raios celestes, transformadores… 9 E começa a observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica-se com horizontes mais largos. 10 O reino do próprio coração passa a gravitar ao redor do novo centro vital, glorioso e eterno. 11 E à medida que se vai desvencilhando das atrações da mentira, cada discípulo do Senhor penetra mais intensivamente na órbita da Verdade, que é a Pura Luz.
Emmanuel