“E abrindo a sua boca os ensinava.” — (MATEUS, 5.2)
1 O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.
2 Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
3 Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.
4 Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.
5 E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
6 A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.
7 O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
8 O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.
9 De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.
10 Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo. Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
11 Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.
12 Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.
Emmanuel