“Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.” — Paulo. (1 CORÍNTIOS, 15.51)
1 Refere-se o apóstolo dos gentios a uma das mais belas realidades da vida espiritual.
2 Nos problemas da morte, as escolas cristãs, trabalhadas pelas cogitações teológicas de todos os tempos, erigiram teorias diversas, definindo a situação da criatura, após o desprendimento carnal. 3 É justo que semelhante situação seja a mais diversificada possível. Ninguém penetra o círculo da vida terrena em processo absolutamente uniforme, como não existem fenômenos de desencarnação com analogia integral. Cada alma possui a sua porta de “entrada” e “saída” conforme as conquistas próprias.
4 Fala-se demasiadamente em zonas purgatoriais, em trevas exteriores, em regiões de sono psíquico.
5 Tudo isso efetivamente existe em plano grandioso e sublime que, por enquanto, transcende o limitado entendimento humano.
6 Todos os que se abeberam nas fontes puras da verdade, com o Cristo, devem guardar sempre o otimismo e a confiança.
7 “Nem todos dormiremos”, — diz Paulo. Isto significa que nem todas as criaturas caminharão às tontas, nas regiões mentais da semi-inconsciência, nem todas serão arrebatadas a Esferas purgatoriais e, ainda que tais ocorrências sucedessem, ouçamos, ainda, o abnegado amigo do Evangelho, quando nos assevera: — “mas todos seremos transformados”.
8 Paulo não promete sofrimento inesgotável nem repouso sem fim. Promete transformação.
Ninguém parte ao chamado da Vida Eterna senão para transformar-se.
9 Morte do corpo é crescimento espiritual.
O túmulo numa Esfera é berço em outra.
10 E, como a função da vida é renovar para a perfeição, transformemo-nos para o bem, desde hoje.
Emmanuel