“Não desprezes o dom que há em ti.” — Paulo. (1 TIMÓTEO, 4.14)
1 Em todos os setores de reorganização da fé cristã, nos quadros do Espiritismo contemporâneo, há sempre companheiros dominados por nocivas inquietações.
2 O problema da mediunidade, principalmente, é dos mais ventilados, esquecendo-se, não raro, o impositivo essencial do serviço.
3 Aquisições psíquicas não constituem realizações mecânicas.
4 É indispensável aplicar nobremente as bênçãos já recebidas, a fim de que possamos solicitar concessões novas.
5 Em toda parte, há insopitável ansiedade por recolher dons do Céu, sem nenhuma disposição sincera de espalhá-los, a benefício de todos, em nome do Divino Doador. Entretanto, o campo de lutas e experiências terrestres é a obra extensa do Cristo, dentro da qual a cada trabalhador se impõe certa particularidade de serviço.
6 Diariamente, haverá mais farta distribuição de luz espiritual em favor de quantos se utilizam da luz que já lhes foi concedida, no engrandecimento e na paz da comunidade.
7 Não é razoável, porém, conferir instrumentos novos a mãos ociosas, que entregam enxadas à ferrugem.
8 Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em qualquer parte.
9 Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos Celestes Desígnios.
10 Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial para o intercâmbio direto com o Plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se suspiras pela comunicação franca com os Espíritos desencarnados, lembra-te de que também és um Espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o sublime dom de servir que há em ti mesmo.
Emmanuel