MENSAGEM I
1 Querida mãezinha Sílvia e querido papai Lauro, não conseguiria faltar ao chamado.
2 O desejo de pais devotados aos filhos e que tudo fazem para vê-los felizes é uma requisição com imenso poder espiritual.
3 Sou ainda tão pequeno e tão fraco e me reconheço com tantas necessidades de aperfeiçoamento e de orientação, que me acanho com os créditos com os quais me honram.
4 Peço-lhes força de confiança em Deus e muita paciência. Isso, no entanto, não deveria figurar aqui neste comunicado simples.
5 Se tivesse heróis de confiança e paciência na Terra, esses heróis são meus pais. Ainda, assim falo nisso porque os amo cada vez mais, e não desejo vê-los preocupados ou inquietos.
6 Temos tantos amigos e familiares da interessarem por nossa paz! Pensemos nisso e não se aflijam.
7 Agora, além da dedicação do pai espiritual Antônio Bernardino e dos cuidados da vovó Nelly, n temos o carinho da vovó Alzira n que se uniu a nós, ampliando o nosso núcleo familiar.
8 Sei que o Álvaro e a querida irmãzinha estão mais crescidos e por isso mais fortes na vontade de ter e de ser. n Entretanto, ambos são filhos carinhosos e bons, e prosseguirão garantindo a alegria e a felicidade de nossa casa.
9 Rogo especialmente à mãezinha não se impressionar com essa ou aquela circunstância doméstica. As nuvens simbolizadas nos problemas do dia a dia passam à pressa qual acontece com as nuvens verdadeiras.
10 Rogo-lhes a sustentação da fé viva em Deus que me ensinaram com tanto carinho e que somente aqui estou aprendendo a aplicar, como se faz necessário.
11 O lar é uma bênção do Céu que reúne as pessoas que receberam o privilégio de se ampliarem mutuamente para melhor atenderem a Deus no progresso de si mesmas. E graças à Bondade de Jesus, não me desvinculei de nossa casa, continuamos sempre juntos e, por isso, consequentemente, mais unidos.
12 Nas horas difíceis, retirem um pedacinho de tempo para a oração, mesmo rápida, e verificarão os resultados.
13 Querido papai e minha sempre querida mãezinha Sílvia, estejamos tranquilos. Meus irmãos são nossos companheiros e pelo tempo adiante mais compreensivos se farão, a fim de auxiliar nos para que possamos auxiliá-los.
14 O nosso amado Benfeitor Bernardino em minha companhia lhes pede essa fé que estou procurando possuir agora, de modo a saber que se Deus garante o ninho de um sabiá no arvoredo, não nos deixará sem apoio e segurança.
15 Entreguemos a Deus as ocorrências que, por ventura, nos incomodem e estejamos na certeza de que Deus as afastará em silêncio, usando a vida para isso, sem que necessitemos de aumentar as próprias inquietações.
16 Desculpem-me se não tenho sido mais frequente nos relatórios de filho agradecido.
17 Acontece que nem sempre dispomos do canal mediúnico para satisfazer aos nossos desejos, entretanto, através do pensamento, estamos em comunicação recíproca e permanente. n
18 Muito carinho aos irmãos inesquecíveis e para ambos, pais abençoados de sempre, fica, em forma de letras, todo o coração do filho e companheiro sempre grafo,
Lincoln Prata Lóes
1 Querida mãezinha Sílvia e querido papai Lauro, o tempo correu e estamos aqui celebrando o meu renascimento espiritual. Estou admirado com a ligeireza dos dias.
2 O tio Antônio Bernardino me trouxe para dirigir-lhes os nossos agradecimentos e sinto-me feliz, cumprindo esse grato dever.
3 Muito grande, queridos pais, é o meu reconhecimento por todos os recursos que me fornecem para a caminhada nova.
4 Recursos de serenidade e coragem, resignação e esperança, ante as leis de Deus e que me transmitem forças renovadas, a fim de permanecer ajustado, à frente da renovação íntima, que preciso sustentar em mim mesmo.
5 Da compreensão que manifestam, aceitando-me as notícias e recordando sem revolta o que me aconteceu, recolho paz e fortaleza, de modo a prosseguir em minhas novas realizações.
6 Fico muito contente e agradecido com todos os testemunhos de amor e saudade que recebo de casa, mas, aguardando o perdão dos meus entes queridos pela solicitação que passo a fazer, peço-lhes trocarem por pães dedicados às crianças doentes e desvalidas, as flores que, porventura, pretendam me oferecer. Isso ser-nos-á uma bênção, atraindo bênçãos maiores em meu benefício.
7 A nossa memória, transformada em socorro aos nossos semelhantes, gera, em nosso favor, uma projeção de energias salutares e construtivas, difíceis de descrever…
8 Confrontando minhas palavras com as minhas anotações anteriores, podem observar que me sinto reanimado e fortalecido.
9 Os meus diálogos com os benfeitores e amigos deste meu novo modo de ser têm sido tantos e tão valiosos, que hoje pergunto a mim mesmo onde estará a verdadeira morte, — se no berço em que nascemos no mundo ou se na liberação do corpo físico, na qual somos despojados de todos os valores terrestres.
10 Para mim, agora, o homem é semelhante a uma águia cujas asas estão trancadas no corpo pesado e a desencarnação, quando temos a consciência tranquila, é a liberdade da alma para a jornada evolutiva, em demanda para os cimos da Vida Superior, que nos compete alcançar.
11 Estou feliz por vê-los felizes e conto com multiplicadas bênçãos da Infinita Bondade de Jesus, a fim de que a paz e a felicidade iluminem todos os corações queridos de nosso mundo familiar.
12 Graças a Deus, enorme é o meu contentamento com o nosso reencontro desta noite, no qual se me faz possível testemunhar lhes o meu carinho e gratidão de todos os dias.
13 Agradeço, mãezinha Sílvia, as suas preces e as suas flores, sensibilizado pela ternura desses presentes, mas, com o seu consentimento, repito o meu pedido para que as nossas flores sejam permutadas por auxílios que possam diminuir as provações e os sofrimentos de nossos irmãos da Família Maior, em dificuldades maiores do que as nossas.
14 Quisera oferecer-lhes hoje um poema de reconhecimento pelo muito amor com que me fortalecem e me sustentam, entretanto, nada possuindo de mim próprio, senão o afeto imenso e o imenso respeito que lhes dedico, peço-lhes aceitar a minha alegria e a minha gratidão desta hora, repartindo-as com os irmãos queridos, sempre em minha lembrança.
15 Seis anos de mais esperança e de mais profunda fé em Deus, contamos hoje! Que o Pai Todo-Misericordioso nos abençoe e nos inspire a vida, para que lhe aceitemos os desígnios, servindo sempre na Seara do Bem, de maneira a construirmos com segurança a nossa Vida Melhor.
16 Queridos pais, lembrem-me na condição de criança feliz que lhes agradece com muita vontade de permanecermos sempre juntos na realização de nossos ideais.
17 E, pedindo-lhes me abençoarem com o carinho confiante de sempre, deixo-lhes nestas páginas todo o amor e toda a alegria do filho sempre reconhecido,
Lincoln Prata Lóes
Um dos integrantes do livro Claramente Vivos — págs. 29-37 —, Lincoln Prata Lóes nasceu em Uberaba, a 14 de outubro de 1961, desencarnando em São Paulo, Capital, após uma segunda intervenção neurocirúrgica, três dias depois de, em sua terra natal, servindo-se de um revólver, ter forçado as portas do Plano Extra-Físico, a 4 de agosto de 1978.
Seus pais, Sr. Lauro Escobar Lóes e D. Sylvia Nelly Prata Lóes, que hoje estudam o Espiritismo com renovado entusiasmo, nos autorizaram incluir as duas últimas mensagens de seu filho, neste volume, na tarde de 15 de dezembro de 1985.
Não chegou a concluir o segundo ano do Curso Colegial, tendo sido um grande desportista.
Mensagem I, recebida a 29 de janeiro de 1982.
1 — “Pai espiritual Antônio Bernardino e vovó Nelly”: a) Sr. Antônio Prata da Costa, nascido e desencarnado em Uberaba, respectivamente, a 2 de fevereiro de 1907 e 5 de novembro de 1968, padrinho de D. Sylvia; b) Sra. Nelly dos Santos Prata, avó materna, nascida em Uberaba, a 15 de junho de 1918, e aí desencarnada, a 27 de maio de 1957.
2 — Vovó Alzira: Srª Alzira Escobar Lóes, avó paterna, nascida e desencarnada em Uberaba, respectivamente, a 28 de fevereiro de 1906 e 25 de abril de 1979.
3 — “Sei que o Álvaro e a querida irmãzinha estão mais crescidos e por isso mais fortes na vontade de ter e de ser.”: Álvaro e Nelly, irmãos do comunicante.
4 — “Acontece que nem sempre dispomos do canal mediúnico para satisfazer aos nossos desejos, entretanto, através do pensamento, estamos em comunicação recíproca e permanente.”. Trecho dos mais consoladores para os familiares, ainda neste mundo, que aguardam, ansiosos, comunicações mediúnicas daqueles que os precederam na grande viagem de retorno à Verdadeira Vida.
Mensagem II, recebida a 4 de agosto de 1984.
Esta bela página, comemorativa dos seis anos de vida do Autor, no Plano Espiritual, é um alerta a todos nós, Espíritos em trânsito pela Terra, para que possamos prosseguir na prática do bem, orientando-nos quanto à melhor maneira de reverenciar a memória dos entes amados que demandaram o túmulo — socorrendo os nossos semelhantes em nome deles, transformando, tanto quanto possível, as flores destinadas aos seus jazigos, em pães abençoados para quantos deles venham a necessitar.
Elias Barbosa