O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Vozes do Grande Além — Autores diversos


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Súplica de Natal

Na noite de 22 de dezembro de 1955, finalizávamos as tarefas da reunião e as atividades do ano, quando José Xavier, o nosso companheiro de sempre, nos anunciou a presença da poetisa Carmen Cinira, n que, segundo a palavra do nosso amigo, vinha orar conosco.

Fizemos silêncio e, em breves minutos, com a voz e com os gestos que lhe são característicos, Carmen Cinira ocupou o canal psicofônico, emocionando-nos intensamente com a oração que abaixo transcrevemos. n


 1 Senhor, tu que deixaste a rutilante Esfera

  Em que reina a beleza e em que fulgura a glória,

  Acolhendo-te, humilde, à palha merencória

  Do mundo estranho e hostil em que a sombra ainda impera;


 2 Tu que por santo amor deixaste a primavera

  Da luz que te consagra o poder e a vitória,

  Enlaçando na Terra o inverno, a lama e a escória

  Dos que gemem na dor implacável e austera…


 3 Sustenta-me na volta à escura estrebaria

  Da carne que me espera em noite rude e fria,

  Para ensinar-me agora a senda do amor puro!…


 4 E que eu possa em teu nome abraçar, renovada,

  A redentora cruz de minha nova estrada,

  Alcançando contigo a ascensão do futuro.


Carmen Cinira



[1] Explicaram nossos Instrutores que a poesia não constitui uma despedida formal e sim uma prece da estimada irmã que se prepara atualmente, à luz do Evangelho, para esposar as lides de nova reencarnação terrestre. — Nota do Organizador.


Essa é a 10ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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