«Pergunta. — O Espírito que animou o corpo de um homem pode animar o de uma mulher, numa nova existência, e vice-versa?»
«Resposta. — Sim, pois são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.»
Item n.º 201, de «O LIVRO DOS ESPÍRITOS».
1 Ante os problemas do sexo, é forçoso lembrar que toda criatura traz os seus temas particulares, com referência ao assunto.
2 Atendendo à soma das qualidades adquiridas, na fieira das próprias reencarnações, o Espírito se revela, no Plano Físico, pelas tendências que registra nos recessos do ser, tipificando-se na condição de homem ou de mulher, conforme as tarefas que lhe cabe realizar. 3 Além disso, a individualidade, muitas vezes, independentemente dos sinais morfológicos, encerra em si extensa problemática, em se tratando de vinculações e inclinações de caráter múltiplo.
4 Cada pessoa se distingue por determinadas peculiaridades no mundo emotivo.
5 O sexo se define, desse modo, por atributo não apenas respeitável mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle.
6 Através dele dimanam forças criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da reencarnação, o templo do lar, as bênçãos da família, as alegrias revitalizadoras do afeto e o tesouro inapreciável dos estímulos espirituais.
7 Desarrazoado subtrair-lhe as manifestações aos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, de vez que as sugestões da erótica se entranham na estrutura da alma, ao mesmo tempo que seria absurdo deslocá-lo de sua posição venerável, a fim de arremessá-lo ao campo da aventura menos digna, com a desculpa de se lhe garantir a libertação.
8 Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. 9 Conseguintemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse . 10 Por isso mesmo, nossos irmãos e nossas irmãs precisam e devem saber o que fazem com as energias genésicas, observando como, com quem e para que se utilizam de semelhantes recursos, entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente subordinados à Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que dermos a outrem, no mundo afetivo, outrem também nos dará.
Emmanuel