1 Lembro-te, Mãe… A noite avança…
E saindo apressado, para a orgia,
Disseste-me, escorada numa tia,
“Fica hoje… Atende-nos… Descansa…”
2 Voltei para encontrar-te em agonia!…
A Morte angelizou-te a face mansa…
Chorei qual se voltasse a ser criança!…
Eras o meu tesouro e eu não sabia…
3 De prazer em prazer, matei-te aos poucos…
Veio a Morte e cortou-me os sonhos loucos,
Lamentando-me a vida gasta em vão!…
4 Estou perdido, entre imensos espaços…
Vem guardar-me, de novo, nos teus braços,
Mãe sempre amada de meu coração!…
Luiz Mendes
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