O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Verdade e amor — Autores diversos


Capítulo 5

Prece n

(Senhor Jesus!)

Página recebida durante a reunião com amigos de oração em benefício das vítimas do Edifício Joelma, situado na capital paulista. Uberaba (MG), 18 de fevereiro de 1974.


1 Auxilia-nos, perante os companheiros impelidos à desencarnação violenta, por força das provas redentoras.

2 Sabemos que nós mesmos, antes do berço terrestre, suplicamos das Leis Divinas as medidas que nos atendam às exigências do refazimento espiritual.  3 Entretanto, Senhor, tão encharcados de lágrimas se nos revelam, por vezes, os caminhos do mundo, que nada mais conseguimos realizar, nesses instantes, senão pedir-te socorro para atravessá-los de ânimo firme.

4 Resguarda em tua assistência compassiva todos os nossos irmãos surpreendidos pela morte, em plena floração de trabalho e de esperança e acende-lhes nos corações, aturdidos de espanto e retalhados de sofrimento, a luz divina da imortalidade oculta neles próprios, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível.

5 Não ignoramos que colocas o lenitivo da misericórdia sobre todos os processos da justiça, mas tocados pela dor dos corações que ficam na Terra — tantos deles tateando a lousa ou investigando o silêncio, entre o pranto e o vazio — aqui estamos a rogar-te alívio e proteção para cada um!… 6 Dá-lhes a saber, em qualquer recanto de fé ou pensamento a que se acolham, que é preciso nos levantemos de nossas próprias inquietações e perplexidades, a cada dia, para continuar e recomeçar, sustentar e valorizar as lutas de nossa evolução e aperfeiçoamento, no rumo da Vida Maior que a todos nos aguarda, nos planos da União Sem Adeus.

7 E, enquanto o buril da provação esculpe na pedra de nossas dificuldades, conquanto as nossas lágrimas, novas formas de equilíbrio e rearmonização, embelezamento e progresso, engrandece em teu amor aqueles que entrelaçam providências no amparo aos companheiros ilhados na angústia. 8 Agradecemos, ainda, a compreensão e a bondade que nos concedes em todos os irmãos nossos que estendem os braços, cooperando na extinção das chamas da morte; 9 que oferecem o próprio sangue aos que desfalecem de exaustão;  10 que umedecem com o bálsamo do leite e da água pura os lábios e as gargantas ressequidas que emergem de tumulto de cinza e sombra; 11 que socorrem os feridos e mutilados para que se restaurem; 12 e os que pronunciam palavras de entendimento e paz, amor e esperança, extinguindo a violência no nascedouro!…

13 Senhor Jesus!…
Confiamos em ti e, ao entregarmo-nos em Tuas mãos, ensina-nos a reconhecer que fazes o melhor ou permites se faça constantemente o melhor em nós e por nós, hoje e sempre.

Emmanuel



[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1974 pela editora GEEM e está no 25º capítulo do livro “Diálogo dos vivos.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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