O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Verdade e amor — Autores diversos


Capítulo 3

Verdade e amor

Pedro Leopoldo (MG), 13 de fevereiro de 1956.

1 Recorda o procedimento de Jesus, que possuía no coração a própria verdade, em si, na apreciação dos companheiros que lhe partilhavam a marcha, a fim de que o teu conhecimento relativo dessa mesma verdade não se desmande em crueldade e destruição.

2 Surpreendido pela aproximação da Madalena, a irmã possuída por sete gênios sombrios, não se entrega a acusações e lamentos, com respeito à sua conduta passada, mas sim, descerra-lhe ao espírito de mulher os horizontes da abnegação pura e sublime…

3 Diante de Zaqueu, o proprietário egoísta, não lhe fustiga o rosto com reprimendas, mas revela-lhe ao mundo íntimo a beleza do trabalho e da generosidade que es tendem o bem com estímulo santo…

4 Incompreendido por Judas, o discípulo invigilante, não o expulsa de sua família espiritual, mas ora por ele e auxilia-o em silêncio através da tolerância fraterna…

5 Negado por Pedro, o companheiro receoso, não lhe arroja maldições, mas espera o momento oportuno em que, além da própria morte, consegue fortalecê-lo para o ministério imperecível que lhe cabe realizar.

6 Insultado pelos filhos de Jerusalém, os beneficiários enceguecidos que absolveram Barrabás, sentenciando-o à condenação, não se entrega ao fel da censura, mas sim, roga ao Pai celeste perdão para todos eles, de vez que se achavam sob o domínio da ignorância…

7 À frente de Pilatos, o juiz frágil que o requisita a explicações em torno da Verdade de que se fazia embaixador, não lhe considera a inflexão de ironia, mas apenas sorri sem resposta entregando-o às mãos infatigáveis do tempo…

8 Perante as dúvidas de Tomé, o companheiro cético, não lhe criva a atitude infeliz com os espinhos da reprovação, mas submete-se bondoso e sereno às suas exigências infantis, dando-lhe a tocar as próprias úlceras ainda abertas…

9 Perseguido por Saulo de Tarso, o doutor intransigente, não lhe retribui com dilacerações e revides, mas socorre-o na estrada de Damasco, ungindo-o de renovação e de luz…

10 Lembra-te, assim, do Cristo e não permitas que o veneno da condenação te assome à boca…

11 Muitas vezes, o bem oculta-se no mal aparente que te assalta o roteiro e onde parece surgir o crime aos teus olhos, em muitas ocasiões existem apenas necessidades que não conheces, quando não sejam provas e aflições que somos chamados a socorrer.

12 Ama, desta forma, hoje e sempre!…

13 Ama, auxiliando e servindo, aprendendo e sublimando, e assimilarás a excelsa lição do Amigo invariável que, à frente da Verdade, colocou o Sol divino do Amor, para que nossas almas não se percam nas sombras da peregrinação redentora, sustentando-se em plena ascensão para a vida eterna.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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