1
Novamente a escrever, Musa inconstante,
Desafiando o espírito moderno…
De onde vens, triste Elmano? Vens do inferno?
Dos complicados círculos de Dante?
2
— Não perturbes o alígero viajante!
Proclamo a essência do meu ser eterno!
Depois de atravessar o escuro Averno,
Consterna-me a Verdade alucinante.
3
O que Elmano chorou ao surdo vento
No Letes se perdeu… Jamais te conte
O que te agrave o lôbrego tormento!
4
Basta a certeza, a mitigar-te a fronte,
De que além do cadáver macilento
Contemplarás a luz de outro horizonte…
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