O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Trilha de luz — Emmanuel


18

Legítima defesa

1 O recurso à legítima defesa é naturalmente um direito comum a todas as criaturas.

2 Nem há que duvidar de semelhante prerrogativa.

3 No entanto, importa considerar que esse direito não consiste em subtrair a existência do próximo, invadindo atribuições que pertencem a Deus.


4 Dispomos do privilégio da defensiva, aplicando a nós mesmos os artigos da Lei Divina, obedecendo-lhe as determinações que nos garantem respeitabilidade e equilíbrio.


5 Defender-nos-emos contra a incursão em novos débitos, abstendo-nos de alongar a despesa de cada dia, além da receita que nos compete.


6 Estaremos agindo contra as hostilidades alheias, ofertando aos outros simpatia e cooperação.


7 Não cairemos no fogo da calúnia, desde que vivamos em guarda contra a leviandade e a maledicência.


8 Elevar-nos-emos, além da vasa do crime, submetendo-nos ao culto incessante do bem, segundo os nossos deveres, e fugindo ao império da tentação.


9 Respiraremos libertos da irritação e da cólera se dermos ao companheiro de caminho o respeito e a compreensão que desejamos dele próprio, em nosso favor.


10 Distanciar-nos-emos das extravagâncias da vaidade e do orgulho, sustentando, em nós mesmos, a humildade que a vida nos aconselha.


11 Cristo é o nosso Divino Médico, ensinando-nos a observar os mais avançados princípios de imunologia da alma, na preservação dos valores eternos do Espírito.


12 Perdoemo-nos uns aos outros, setenta vezes sete, ( † ) em todas as nossas falhas na jornada evolutiva; amparemos o vizinho, tanto quanto lhe reclamamos o entendimento e o auxílio e, amando-nos reciprocamente no padrão do Senhor que nos protegeu até o sacrifício supremo, estaremos praticando a defesa legítima, único baluarte de nossa segurança e de nossa paz.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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