O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Trilha de luz — Emmanuel


19

Nos grandes momentos

“E todos os seus conhecidos e as mulheres que juntamente o haviam seguido desde a Galileia, estavam de longe, vendo estas coisas.” — (Lucas, 23.49)


1 A solidão de Jesus no Calvário é uma lição viva aos discípulos do Evangelho, em todos os tempos.

2 Quase sempre os aprendizes procuram impor ao próximo o seu modo de sentir. 3 Às vezes, quando menos avisados, raiam pela imprudência, ansiosos da renovação imediata de amigos, conhecidos, familiares.


4 Suas atividades se convertem num conjunto de inquietações indevidas.  5 Andam esquecidos de que cada um será compelido ao testemunho nos grandes momentos.

6 E, quando chegado o ensejo, devem contar, acima de tudo, com Deus e consigo próprios.


7 Jesus, no apostolado da luz e do bem, junto ao espírito popular, formara compacta legião de amigos.

8 Todos os beneficiários de sua obra o seguiam em admiração constante.


9 Volteavam-lhe em torno dos passos não só os admiradores, os aprendizes, os curiosos, mas, também os doentes da véspera, reintegrados no tesouro da saúde, à força da sua dedicação divina.


10 No grande momento, porém, quando as sombras do martírio lhe amortalhavam o coração, todos os participantes de suas caminhadas se recolheram à distância da cruz, contemplando-o de longe.


11 Não se ouviu a voz de nenhum beneficiado, ao pé do Calvário.

12 Ninguém lhe recordou, no extremo instante, as obras generosas, perante os algozes que o apupavam.

13 E o ensinamento ficou para que cada aprendiz, no decurso do tempo, não esqueça a necessidade do próprio valor.


Emmanuel



(Reformador, outubro 1942, p. 235)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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