“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” — Jesus (Mateus, 15.8)
1 Com os lábios, beijam as mães da Terra as flores sublimes da vida, cooperando nas obras divinas do Eterno, mas com os lábios obedeceu Judas às vozes inferiores, entregando o Senhor com um beijo de ingratidão.
2 Com os lábios, os apóstolos do trabalho fazem o verbo criador nos serviços nobres do planeta; todavia, igualmente com eles, os mentirosos e os perversos espalham a maldade no mundo.
3 Das potências do corpo são os lábios das mais delicadas e importantes. Portas da língua, que pode salvar e arruinar, edificar e destruir, não devem permanecer distantes de sentinelas da disciplina.
4 A palavra do homem é criação sua, que lhe testificará a vida.
O beijo da criatura é laço que determinará sua união com o bem ou com o mal.
5 Os lábios dão passagem ao verbo e transmitem o beijo.
6 Quantos sofrimentos se espalham na Terra, através da palavra leviana ou fingida e do ósculo criminoso ou insincero? Entretanto a maioria dos homens persiste em desconhecer o papel dos lábios na própria existência.
7 Se procuras, porém, a união com o Senhor, repara o que dizes e como dizes, observa os afetos a que te unes e a maneira pela qual estimas a alguém.
8 O grande problema não reside em falares tudo o que pensas, nem no apego às situações com todas as tuas forças, mas em falares e amares, pondo nos lábios a sinceridade construtiva do amor cristão.
Emmanuel