1 Pedi e obtereis — ensinou o Mestre Divino. ( † )
Semelhante lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se refira ao bem, quanto ao mal.
2 Qualquer propósito é oração.
3 A prece nasce das fontes da alma, na feição de simples desejo, que emerge do sentimento para o cérebro, transformando-se em pensamento que é força de atração.
4 Nesse sentido, todo anseio recebe resposta.
5 Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que outras, à maneira de sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação, florescimento e frutificação.
6 Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de nossas aspirações.
7 As rogativas do bem elevam-se às Esferas Superiores, ao passo que os anelos do mal descem às zonas de purgação das trevas indefiníveis.
8 Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus.
9 Forneçamos os temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e os executores invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de nossos projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções.
10 Reconhecendo que ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes, ignoramos a essência de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino Amigo, na oração dominical, quando nos ensina a endereçar as nossas súplicas ao Pai Todo-Misericordioso, na base da confiança perfeita: — “Faça-se a Tua Vontade justa e soberana, na Terra e em toda parte”. ( † )
11 O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas menores características do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de todos, enquanto que orar com proveito é serviço que raros corações sabem fazer.
Emmanuel
Psicografia em Reunião Pública.
Data — 1952.
Local — Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas