1 Meu querido paizinho.
Peço a Deus nos abençoe, rogando-lhe me ajude a escrever-lhe algumas palavras de amor e carinho.
2 Estou aprendendo com o senhor a ser soldado do Cristo. n Sua dedicação à verdade e sua devoção incessante ao bem representam, cada dia, para mim, a lição que devo seguir. Aliás, paizinho, vejo hoje que há muitos anos acompanho o senhor e a mãezinha na subida para a compreensão. 2 Voltei ao mundo, por breves dias, n porque mãezinha precisava contemplar consigo o novo céu e a nova terra para os quais viajamos juntos… E que felicidade a de seu filhinho, ao ver a mãezinha agora acordada e vigilante para a Boa Nova! Raiou para nós uma alvorada diferente, alvorada de fé renovadora, em cuja claridade nos envolvemos para escalar o monte de nossa redenção para sempre!
3 Agradeço, pois, aqui neste bilhete sua ternura e sua constância na harmonia e no amor, com que os seus pés vão caminhando para a vitória… Unidos à mãezinha, continuemos lutando pelo nosso aperfeiçoamento. Jesus nos concedeu as possibilidades ao serviço que nos cabe desenvolver. Utilizemos os instrumentos que se encontram em nossas mãos e o Mestre nos suprirá de recursos novos para o triunfo que devemos esperar.
4 Paizinho, conforte a mãezinha querida com a fortuna de seu bom ânimo e com os tesouros de sua compreensão.
5 Avancemos para o dia de amanhã, vivendo com Jesus no dia de hoje.
6 Em seu trabalho e em sua alma, conte com a cooperação pobre, mas sincera de seu filho.
7 E suplicando ao Divino Mestre nos ampare sempre, beija-lhe as mãos o seu
Paulinho
ANOTAÇÕES
1 - Mensagem de Paulinho (Paulo Sérgio Ferreira Viana) psicografada no Grupo Espírita Luís Gonzaga, em Pedro Leopoldo, na noite de 14 de setembro de 1953, e dirigida a seu pai Ramiro Martin Viana.
2 - Paulinho, realmente, teve breve existência terrena. Nascido a 13 de janeiro de 1948, desencarnou a 19 de junho de 1950, em Campos, RJ. Filho de Ramiro Martin Viana (de quem este livro insere diversas mensagens, mencionando o Paulinho) e de D. Adete Ferreira Viana.
Clovis Tavares
[1] No original: “de Cristo” — Vide explicação de Allan Kardec sobre a anteposição do artigo à palavra Cristo.