“Se vivemos em espírito, andemos também em espírito.” — Paulo (Gálatas, 5.25)
1 Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.
2 É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. 3 Nós mesmos, frequentemente, sentimos-nos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. 4 O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca. ( † )
5 Entretanto, que é a carne?
6 Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluidos condensados? 7 Naturalmente, esses fluidos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. 8 Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o Espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.
9 Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.
10 Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.
11 É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus-Cristo.
12 Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.
Emmanuel
[1] O título da mensagem original é o que se encontra entre parênteses publicada em 1948 pela FEB e é a 13ª lição do
livro “Caminho, verdade e vida.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.