1 O tempo concedido ao Espírito para uma reencarnação, por mais longo, é sempre curto, comparado ao serviço que somos chamados a realizar. Importante, assim, o aproveitamento das horas.
2 Meditemos no gasto excessivo de forças em que nos empenhamos levianamente no trato com assuntos da repartição de outrem.
3 Quantos milhares de minutos e de frases esbanjamos por década, sem a mínima utilidade, ventilando temas e questões que não nos dizem respeito?
5 Para conjurar essa perda inútil, reflitamos em três conclusões de interesse fundamental.
6 O que os outros pensam. — Aquilo que os outros pensam é ideia deles. Não podemos usufruir-lhes a cabeça para imprimir-lhes as interpretações que são capazes diante da vida.
Um indígena e um físico contemplam a luz, mantendo conceitos absolutamente antagônicos entre si.
Acontece o mesmo na vida moral. Precisamos nutrir o cérebro de pensamentos limpos, mas não está em nosso poder exigir que os semelhantes pensem como nós.
7 O que os outros falam. — A palavra dos amigos e adversários, dos conhecidos e desconhecidos, é criação verbal que lhes pertence.
Expressam-se como podem e comentam as ocorrências do dia a dia com os sentimentos dignos ou menos dignos de que são portadores.
Efetivamente, é dever nosso cultivar a conversação criteriosa; contudo, não dispomos de meios para interferir na manifestação pessoal dos entes que nos cercam, por mais caros nos sejam.
8 O que os outros fazem. — A atividade dos nossos irmãos é fruto de escolha e resolução que lhes cabe.
Sabemos que a Sabedoria Divina não nos criou para cópias uns dos outros. Cada consciência é domínio à parte.
As criaturas que nos rodeiam decerto que agem com excelentes intenções, nessa ou naquela esfera de trabalho, e, se ainda não conseguem compreender o mérito da sinceridade e do serviço ao próximo, isso é problema que lhes compete e não a nós.
9 Fácil deduzir que não podemos fugir da ação nobilitante, a benefício de nós mesmos, mas não nos compete impor nas decisões alheias, que o próprio Criador deixa livres.
10 À vista disso, cooperemos com os outros e recebamos dos outros o auxílio de que carecemos, acatando a todos, mas sem perder tempo com o que possam pensar, falar e fazer. Em suma, respeito para os outros e obrigação para nós.
André Luiz
[1] Essa mensagem foi psicografada por Waldo Vieira e não por Francisco Cândido Xavier, seu autor espiritual também não é Emmanuel, mas André Luiz; ela foi publicada em 1965 pela FEB e é a 44ª lição do
livro “Estude e viva.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.