1 Quando te vejas, coração amigo,
Sob o clima violento
Das crises de tristeza e sofrimento
Não te deixes vencer…
Nos momentos de sombra ou de perigo
Mantém-te na esperança em que te elevas,
Cada noite, conquanto envolta em trevas,
É o prelúdio de novo amanhecer.
2 Procura meditar e ver mais longe
O apoio natural em que te escudas
É tecido no amor de forças mudas,
Desde os astros ao chão…
A Terra não discute, o Sol não fala
Nada te pede à vida a floresta opulenta
E a riqueza do ar que te alimenta
Dá-se, de todo, sem reclamação.
3 A flor que te perfuma é silêncio e beleza;
A fonte não opina, apenas canta;
Não tem forma verbal a força agreste e santa
Que assimilas do mar;
As bênçãos que te cercam, dia a dia,
Proteção, segurança, alegria e defesa
Nascem da Natureza,
Fonte viva de Amor que não cessa de amar.
4 Trabalha, regozija-te e perdoa,
Ampara sem cobrança e auxilia a qualquer,
“Não saiba a mão esquerda o que a direita der”, ( † )
Esta é a lição do Cristo, n ante crentes e ateus.
Não temas caminhar, serve e prossegue…
Resguarda-te na fé alta e sublime,
Segue fazendo o bem, nada te desanime,
Porque trazes contigo a Presença de Deus.
Maria Dolores
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