1 Amigo leitor.
Muitos companheiros nos escrevem, indagando sobre os processos de vivência, nas comunidades espirituais ligadas à Terra.
2 Percebemos nesses amáveis missivistas, o desejo de algo saber acerca da higiene e assuntos outros, entre os nossos semelhantes, logo após a desencarnação do corpo terrestre.
3 Imaginemos uma grande cidade ou um conjunto colossal de moradias, todas dedicadas à recuperação gradativa dos irmãos ainda vinculados à desencarnação recente, que procedem às dezenas do mundo físico, diariamente, a esses domínios que nos habituamos a designar com o nome de “colônias espirituais.”
4 Os companheiros que voltam do mundo físico à convivência dos irmãos desencarnados, serão, todos eles, portadores de pensamentos e propósitos iguais?
5 Como aceitar uma enormidade dessas, quando, na própria Terra, enxameiam os justos e os injustos, os bons e os maus, os ignorantes e os cultos, os ponderados e os imprudentes, misturados uns com os outros, buscando as trilhas da evolução?
6 E os problemas dos hábitos?
7 Os bebuns se acomodam facilmente nessas regiões inferiores, corrigindo-se, quanto aos anseios de absorção dos líquidos que lhes entontecem a mente; e os viciados na poligamia, em nome do amor, terão esquecido, de momento para outro, as emoções que preferem?
8 Claro que não.
Tempo, tratamento e reeducação surgem por forças inevitáveis do reajustamento espiritual, na base da paciência e do estímulo, da consolação e do amor.
9 O remédio, em doses inadequadas, prejudica o doente ao invés de auxiliá-lo.
10 É assim que nas proximidades das lides humanas, temos as turmas dos servidores voluntários da higiene, da limpeza no serviço público e do socorro. Enfim, tudo nas bases da lógica, nas escolas de regeneração, do esclarecimento pacífico e do amparo espiritual.
11 Este livro é um conjunto de páginas referentes aos ensinos administrados pelos instrutores a que nos referimos, a benefício dos desencarnados infelizes e de todos nós, os aprendizes que lhes admiram a cultura, conhecendo com os amigos da atualidade terrestre que os “pensamentos são cousas ou formas” e que todo objeto de uso humano é um núcleo de vibrações condensadas para certos fins.
12 A morte do veículo físico não transforma a ninguém, instantaneamente, e sim, passo a passo e esforço a esforço, distinguindo-se nesse trabalho os Espíritos mais diligentes e os mais devotados ao aperfeiçoamento individual.
13 Neste livro simples se alinham muitos dos lembretes e ensinamentos dos amigos espirituais e, pensando no valor destas lições dispensamo-nos de maiores comentários, confiando na interpretação dos companheiros que já possuem “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir.”
Emmanuel
Uberaba, 5 de julho de 1989.