O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


77

Sobre Alcíone

(IV)

12|11|1941


1 Meus filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita paz de espírito e boa saúde.

2 Grande bem me tem feito à alma o vinho reconfortante das recordações, em tranquilidade d’alma e confiança em Deus.

3 Graças à Providência Divina tudo se desdobrou nos capítulos mais culminantes, segundo esperava Emmanuel. Vocês, para nosso contentamento, corresponderam à expectativa, mantendo sadia atitude espiritual ao contato com essas lembranças suaves e dolorosas. Agora observam em nossa companhia as lutas vencidas, os problemas solucionados. O lar, relativamente tranquilo, segundo as leis de aperfeiçoamento terrestre, à distância psíquica de criaturas da incompreensão, o retorno à saudade material, tudo, enfim, meus filhos, equivale a dizer que a oportunidade de Deus foi renovada para a nossa ventura!  4 A paz celestial começa na Terra. Seria inútil aguardá-la de planos superiores, no ingresso dos quais ainda precisamos trabalhar muito. O sentimento e o raciocínio, coração e cérebro, formam o vasto continente de “nós mesmos”, onde é indispensável o esforço de arrotear, desbravar, semear, adubar e esperar com paciência. Nessa zona de nossa felicidade, ou de nosso infortúnio, há inimigos seculares, guerras atrozes e possibilidades sublimes à espera de que possamos compreender. 5 A lembrança santificada do Espírito de Célia nos oferece mil portas de acesso à divina compreensão. Que possamos lhe atender os sacrifícios, valendo-nos de sua glorificada luz para maiores ascensões. Assim como nós, os desencarnados, nos encontramos em uma esfera de movimento e de elevação, também vocês hão de reparar que os homens compenetrados do sentimento de seus mais nobres e justos deveres estão igualmente passando nas situações terrestres, escalando, de dia em dia, de grau em grau, um plano de sublimes ascensões. 6 Voltem o raciocínio para a situação de alguns anos atrás e veremos que nós já endereçamos adeus a muitas condições, circunstâncias, pessoas e coisas que são compelidas ou preferem ficar a distância. O tédio que se experimenta, por vezes, em face de determinadas imposições da vida social, é a prova de que já nos despedimos dessa ou daquela exterioridade ou preconceito convencional que reconhecemos como prejuízo ou inutilidade. Também eu partilho profundamente de tais sensações, porque não devem pensar que estejamos em esfera muito acima da de vocês, em conhecimento. Temos apenas uma apreciável diferença de paisagem, contudo, os estados psíquicos e os esforços são quase os mesmos.

7 Quanto ao Roberto, Maria, sinto-o bem mais forte, graças a Deus! Cada vez mais, meus filhos, vocês vão se capacitando da bagagem de suas necessidades espirituais, junto de nossos corações. Ponho-me a recordar os dias da infância difícil, as lutas do Paraná em seus primeiros tempos, e rendo graças a Deus por reconhecer que vocês se vão desincumbindo tão bem relativamente à tarefa recebida. Recordo-me de suas enfermidades infantis e vou ponderando a grandeza da inesgotável bondade de Jesus, a fim de concluir que todos os trabalhos possuem as suas razões gloriosas.

8 Que Deus os abençoe, meus filhos, e proteja sempre. Deixando-lhes o meu abraço cheio de saudade e afeto, guardem com ele o coração do


Papai


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir