O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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A grandeza espiritual de Célia

22|01|1941


1 Meus filhos, que Jesus abençoe a ambos, enchendo-lhes o coração de muita paz. Por mais que comentássemos, talvez nunca poderíamos falar, nas vibrações de palavras da Terra, com relação à grandeza espiritual da entidade de Célia, com a intensidade e amplitude devidas. Esbarraríamos sempre com as limitações. Na feição humana, os obstáculos ao Infinito impedem a vibração ilimitada. Na relação mediúnica, de qualquer modo, é indispensável adaptarmo-nos a essas mesmas limitações para que nos tornemos compreendidos.  2 Essas almas heroicas são, de fato, os auxiliares de Cristo na tarefa sublime da redenção. Jesus é o salvador do mundo, mas em todas as obras ninguém poderá estar só. Está nas Escrituras, desde o princípio, que ao homem não era conveniente estar sozinho. No bem ou no mal, existem os pactos das almas. No primeiro persevera a cadeia divina da luz eterna, no segundo vibram as algemas das sombras transitórias e perecíveis. Almas, como a de Célia, são daquelas que já participam do pacto de Cristo. 3 Nós somos entidades que de algum modo trabalhamos por sair triunfantes de seculares compromissos, muitas vezes misturados de sombra, até que, com a derradeira vitória, possamos participar do esforço divino. Basta um olhar sobre a Terra ou nos nossos Círculos espirituais mais próximos do Planeta para compreendermos que o nosso conjunto é de renovação e aperfeiçoamento dos laços. Trata-se daquele maravilhoso ensinamento de Jesus, relativo à sanção de Deus ao nosso ato de unir ou de desunir nas esferas da vida da Terra. Quando da combinação espiritual, exposta ao fim do volume,  n todos nós, em conjunto, assumimos responsabilidades de unir e desunir. 4 Congraçar as forças do bem e dissolver as do mal. Vejamos bem, meus filhos, como tudo é harmonioso e natural sob os princípios que nos regem. Nosso pacto foi assistido e selado por uma testemunha de Cristo: no amor e na dedicação de Célia. Compreenderão, agora, de maneira melhor, essa luta de tantos séculos. Voltando, periodicamente para além do túmulo, operamos o balanço das conquistas ou das contas pagas. A verdade, porém, é que se uns regressam em boas condições, com outros não acontece o mesmo. Alguns, de certo modo, poderiam se desvencilhar de certos elos, mais pesados, pelas conquistas já efetuadas, mas e a testemunha?

5 Quando nos lembramos de seus sacrifícios, um incentivo sagrado nos alenta, de novo, para voltar. Ninguém deseja chegar sem os companheiros. Aquele coração imenso de bondade nos perguntaria, talvez, pelos mais desgraçados. Então, nessa perspectiva, compreendemos o pacto de redenção de maneira melhor. O valor do sacrifício é cheio de expressões imortais. Ele sela o caminho com luzes que jamais se apagam. O de Célia representa para nós um empenho divino. 6 E é por isso que através de tantos séculos o mesmo bloco marcha unido, não obstante as dores, as discórdias, as tempestades. Não é preciso saber que ela existe para que cada um experimente sua divina influenciação. Para alguns, sua atuação é de Deus, é a dos santos e a do objeto das devoções. Nós sabemos, todavia, que Deus visita Seus filhos na ação cariciosa e transformadora dos filhos que já se redimiram. Célia será sempre a expressão de Sua bondade para nós. Seu olhar acompanha o nosso esforço com ternura, seu coração pulsa com o nosso nas esperanças e nas dores amargas. Nós estamos no pacto, ela é a divina testemunha. Agora podemos compreender como tudo isso é grande e sábio.

7 Eu próprio, presentemente, sinto surpresas com certas resoluções de minha vida última. Nobreza de origem, valores outorgados pelo mundo, excelência de ambientação? Hoje vejo que a maioria das ideias e providências que me guiaram a missão de professor e de pai vinha dela, por excessos afetivos de seu coração generoso e divino.

8 Agora, filhos, falemos de outras coisas.

9 Você, Rômulo, tem adivinhado bem as substâncias de alimentação que não lhe fazem bem ao fígado. O receitista aconselha a você o Bryonia e o Gelseminum por 3 dias e, em seguida, 1 vidro de Cóculos (alopata). Espero que assim você se restabeleça depressa.

10 E agora minhas lembranças aos netos. Deixando-lhes um abraço a todos, pede a Deus pela saúde e tranquilidade de vocês, o papai muito dedicado de sempre,


A Joviano



[1] Nota da organizadora: Para maior entendimento do assunto, recomenda-se a leitura do Capítulo VII do livro 50 anos depois.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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