O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sementeira de luz — Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros


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Leitura mental

24|10|1945


1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês todos, concedendo-lhes muita saúde e muita paz.

2 Não preciso comentar a nossa tarefa em curso. Estamos colaborando com o Roberto, como é possível, no setor de lutas em que se encontra. Vamos trabalhar e esperar os resultados. O lavrador não faz outra coisa. Prepara o solo, lança as sementes, garante os cuidados à germinação e espera a manifestação de Deus no tempo e nas situações circunstanciais do serviço. Os pais humanos são lavradores celestes em ação na Terra. Vocês têm feito o que é possível pelo nosso estudante. Agora, meus filhos, acompanhemos a atividade dos exames. E dizemos bem, referindo-nos a exames, porque a colheita se verificará mais tarde no curso do tempo.

3 Estou muito satisfeito com as noções que vão recebendo, relativamente às ordenações de trabalho, logo após a morte do corpo físico. Esse novo esforço de André Luiz abre muitas clareiras no assunto obscuro do além-túmulo e define questões, focalizando problemas individuais, de alta relevância. Vocês agora presenciam o que seja uma sessão de leitura mental. Muitas vezes, em nossos Círculos, para prestar socorro eficiente a amigos, precisamos mobilizar tal recurso. Muito difícil não colher resultados imediatos. É que cada um de nós traz o fio invisível de tudo o que foi pensado e realizado na existência. De uma vida para outra há intervalos que não são interrupções do “fio”. Simplesmente processos de esquecimento temporário em operações magnéticas, que deixam fundos marcos na vida consciencial. 4 Quando o Espírito se liberta, de fato, é possível renovar-lhe a lembrança indefinidamente, através de várias existências sucessivas, todavia, quando a alma se escravizou em demasia aos sentidos físicos ou estacionou no campo das sensações fisiológicas, a “sessão de leitura mental” estará circunscrita, relacionando apenas as ocorrências da “vida última”. É o caso de Domenico e da maioria dos que aportam nos grandes países do Invisível. A princípio, não suportamos senão o relatório dos fatos que organizamos e partilhamos na existência derradeira. Esses trabalhos, porém, falam sempre muito alto dentro de nós e precipitam as renovações benéficas e salvadoras. 5 É admirável, porém, para nós, criaturas humanas propriamente ditas, a magnitude da lei divina, condensando em cada consciência a história que lhe é peculiar. Como o “fio do minúsculo produtor de seda”, também nós apresentamos o nosso, que é bem um “filme” de expressão indefinível ainda no quadro de nossa presente conceituação das coisas e dos seres que nos rodeiam, mas que se projeta sempre em torno de nós, revelando a olhos mais iluminados as mais íntimas histórias de nosso campo pessoal, que muita vez desejaríamos manter à distância do alheio conhecimento. 6 Naturalmente, em nossa Esfera de ação, prevalece, invariavelmente, divino respeito aos atos de cada um no culto do livre arbítrio que nos rege os destinos. Entretanto, quando a rebeldia se opõe ao serviço intercessório, a leitura da mente é a maior medida que se processa a benefício dos interessados. Então o Espírito desencarnado crê, efetivamente, na justiça do eterno Pai e rende-Lhe a vassalagem devida. 7 Com Nosso Lar, vocês viram uma paisagem festiva de trabalho compensado e de esperanças sublimes a caminho de santas realizações na terra ou nos círculos mais elevados.  8 Com Os Mensageiros, observaram uma das facetas do esforço gigantesco dos Espíritos sábios e benevolentes para auxiliar os homens revestidos de carne. 9 Em Missionários da Luz, reconheceram a entrosagem das peças desse serviço de assistência e carinho, na lição de responsabilidade inalienável da criatura ante os seus veículos preciosos de manifestação na crosta da Terra e agora veem de mais perto o que vem a ser a tremenda paisagem que recebem os desencarnados do mundo em maioria.

10 A realidade de semelhante plano é angustiosa. Muito difícil desprendermo-nos do corpo em posição elevada. Quase sempre saímos como os “balões cativos”, e o plano que nos recebe há de ser humaníssimo em suas mínimas expressões. Desse modo, considero muito valioso o ensinamento novo, que vão recebendo e guardando. Armazená-lo na mente é preparar boa provisão de luz espiritual para o caminho. Agradeço a Deus e desejo que vocês possam extrair muito proveito.

11 Wanda, você não deixe de usar o Pulmonina ainda por alguns dias. Será muito útil aos seus órgãos respiratórios.

12 Maria, se for possível, não deixe, você e o Rômulo, de visitar o Roberto no aniversário. É um plano, por enquanto. Não sabemos se vocês poderão realizá-lo e nem eu mesmo posso dizer. Apenas exprimo um simples desejo. Esperemos os dias e que Deus os abençoe.

13 Adeus, meus filhos. Você, Rômulo, continue observando cuidado contra o frio no tórax. Tenho estado com você e estimei a sua experiência última com a cobra.

Boa noite para vocês. Guardem o coração do papai que não os esquece,


A. Joviano


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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