08|06|1938
1 Rômulo, meu pensamento se eleva a Deus pedindo muita tranquilidade para você, para Maria e para todos os que se ligaram ao nosso coração no grande caminho do aperfeiçoamento.
2 Venho confirmar-lhes minha recomendação com respeito ao José. Muita calma e serenidade nas decisões. Não convém que ele seja afastado daqui, mesmo porque circunstâncias imperiosas o fariam voltar em breve tempo e talvez não houvesse facilidade para a sua reposição no trabalho, dentro das condições exigidas pela situação. Bem sabem vocês, meus filhos, que Deus Se nos manifesta através da santa lição da experiência, e Deus nunca tarda. O José terá essas experiências no caminho e chegadas as lutas não poderemos nos lembrar de que a lição chegou tarde, porque toda lição é necessária e certas lições duram o espaço de uma vida. 3 Procurarei cooperar pela harmonia de todos, respeitando também as razões da Maria, no que respeita à preservação da paz do lar, santuário de nossas afeições mais queridas. Somente as mães são as sentinelas sagradas que conhecem com antecedência as tempestades no mar alto. A vida terrestre é essa travessia penosa pelo oceano encapelado de provas e expiações. Há necessidade de cuidarmos do barco em tão exaustiva viagem, inçada de perigos e preocupações.
4 Apenas para esse fim, meus queridos, procurei falar a vocês nesta noite. Daqui irei à minha costumeira visita aos netos, buscando ajudá-los no desprendimento parcial dos seus meigos espíritos, sob as asas brandas do sono. Adeus.
5 Aos nossos, muita paz. E que a minha boa Maria haja entendido a santidade de minhas intenções, colaborando com você, meu filho, nesta nova luta, em face da necessária harmonia espiritual, é toda a minha oração sincera desta noite.
Que Deus os abençoe,
A. Joviano