12|01|1944
1 Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês todos, conferindo-lhes muita paz aos corações!
2 Tenho sentido muita satisfação pelas ideias novas que vão recebendo acerca de nosso culto evangélico. n André Luiz tem sido muito exato nas informações trazidas. Diversas vezes tive desejo de explicar o assunto com essa clareza e não consegui fazê-lo. A prece, meus filhos, explicada como princípio elétrico na dinâmica espiritual é uma tese profunda. Não mais a noção de fanatismo destrutivo, mas a positivação de valores espirituais de expressão máxima na experiência terrestre. A casa que ora é diferente das que não o fazem. 3 O hábito da oração construtiva representa a edificação nobre dum “porto” às aspirações divinas. Quantos desastres evitados pelo influxo magnético da prece sentida e vivida? Quantas dores anuladas, quantos obstáculos vencidos? Aqui poderemos observar a extensão das respostas. Aí no mundo das formas seria muito difícil efetuar tão vastas observações, porque, em geral, quando encarnados, vemos somente o espinho que nos fere, sem observarmos os milhares deles que a Bondade Divina afastou de nossos pés! O quadro descrito por André Luiz apresenta significação enorme para nós. 4 Guardemo-nos no espírito da oração edificante! Seja ele o nosso clima diário às cogitações da alma, o alimento de nossos corações! Isto é riqueza, cujo valor cresce sempre e que só encontra justa expressão no tesouro das responsabilidades eternas. Na Terra, ou melhor, na zona inferior da Terra, os valores imediatos confundem a visão frágil dos homens. Raros têm elementos visuais para identificação dos valores divinos. Você, meu caro Rômulo, continue com os ele- mentos homeopáticos indicados. Creio bem lembrado adicionar você o Lachesis. Será excelente medida complementar no tratamento.
5 A gripe em início, falo no sentido coletivo e epidêmico dos dias que correm, vem recebendo muitos drásticos de “nosso lado”. Há companheiros que colaboram devotadamente, benfeitores que permanecem a postos. O vírus é um problema de sérias expressões e o contágio é demasiadamente sutil e, nalguns casos, afirmam orientadores espirituais, é tão leve e imperceptível que se diria magnético. Aconselho a vocês, conforme é razoável, os pratos menos gordurosos, o uso de sais e mais água. Semelhante medida é de apreciável utilidade. Lembraria, também, o limão. Entretanto, se usarem, a dose deve ser mínima. O Nux-Vomica, de seu hábito, pela manhã, é ótima terapêutica. Apenas devo recordar que, em se tratando de expressão mais forte do elemento medicamentoso, a dose deve ser muito justa, sempre que seja possível, porque o organismo registra logo qualquer excesso de unidades ingeridas. 6 Quanto ao mais, estamos a postos para o bom trabalho e esperamos que a epidemia seja breve, sem qualquer modalidade alarmante. Se existem aí médicos preocupados, os nossos benfeitores manifestam muito maior preocupação e mais interesse eficiente, no sentido de preservação geral da saúde coletiva. O aparelho gastrintestinal sempre normalizado é indício de segurança. Procuremos cautela no caso dos alimentos e o resto se fará naturalmente.
7 Ontem, Maria, vim reafirmar a você meus parabéns pelo seu aniversário. Que o seu dia, minha filha, se repita sempre com a nossa alegria completa!
8 E agora, meus filhos, deixo-lhes o meu abraço. Com o afeto e dedicação de todos os dias, despede-se, por agora, o papai e vovô que não os esquece,
A. Joviano
[1] Nota da organizadora: Refere-se ao livro de André Luiz, Os Mensageiros.