1 Em matéria de rogativa, lembremo-nos de que o Senhor adverte:
— Buscai e achareis. ( † )
E acrescenta em outra passagem:
— Batei e abrir-se-vos-á. ( † )
2 Naturalmente que o imperativo “buscai” não se refere ao menor esforço, em cujas malhas encontramos o próprio furto a fantasiar-se de inteligência.
3 Notificava-nos o Cristo que para encontrar o que desejamos é imprescindível diligenciar o melhor, através do reto cumprimento de nossas obrigações.
4 Decerto, igualmente, quando nos disse “batei”, não se reportava à insistência com que mãos preguiçosas costumam espancar a porta de vidas nobres sem tempo para perder.
5 Induzia-nos o Eterno Amigo a perseverar no desempenho das tarefas que o mundo nos assinala, muita vez, chorando e sofrendo, mas firmes em nossos postos de luta digna para que o destino, com a Bênção da Lei, nos abra novos caminhos à ascensão e à felicidade.
6 Em suma, no texto, reconhecemos que o trabalho respeitável deve preceder-nos quaisquer rogos, não apenas à frente dos anjos, mas também diante dos homens, de vez que o serviço é ajusta credencial que nos valoriza o verbo.
7 Pedir, sem retaguarda de ação a endossar-nos o anseio, seria o mesmo que tentar construir sem base ou demandar sem direito.
8 Saibamos, hoje e sempre e seja onde for, trabalhar na extensão do bem, conquistando naqueles que nos partilham a marcha a bênção da simpatia e a força da confiança.
9 Todo empréstimo em câmbio de responsabilidades essenciais, reclama crédito e garantia.
10 Por isso mesmo, a própria experiência da vida rotulou a conversação brilhante, mas inútil, por simples demagogia e abraçou no culto do bem a luz que dissipa a sombra, abolindo os sofrimentos da penúria e as chagas da ignorância.
Emmanuel