“Vós sois o sal da Terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?” — JESUS (Mateus, 5.13)
1 Todo médium trazido à seara espírita-cristã, para fins determinados, está obedecendo, de maneira indireta, aos desígnios dos Mensageiros de Jesus, que conferem recursos e oportunidades de trabalho a cada um conforme as suas aptidões e necessidades.
2 Situado entre os irmãos encarnados que lhe pedem amparo e os benfeitores desencarnados que lhe esperam a colaboração, é razoável pergunte cada medianeiro a si próprio na esfera dos serviços consagrados ao bem:
3 Um operário fiel ao dever ou um amigo desprevenido de responsabilidade que aparece na oficina apenas de quando em quando com evidente menosprezo dos compromissos assumidos?
4 Uma fonte de paciência ou um espinheiro de irritação?
5 Um engenho pronto para entrar em atividade ou um aparelho destrambelhado, habitualmente reclamando conserto?
6 Um colaborador das boas obras ou um agente de pessimismo, congelando as energias do grupo?
7 Um instrumento do bem ou um canal para as influências menos felizes?
8 Um companheiro no auxílio aos outros ou um tarefeiro que somente busca as próprias obrigações quando a enfermidade ou a provação lhe batem à porta?
9 Um tronco para esteio firme dos irmãos que passam, cansados e sofredores, nos caminhos da vida ou uma sensitiva que se fecha em melindres ao toque da primeira contrariedade?
10 Uma alavanca de apoio ou uma escora sem qualquer resistência?
11 Pergunte o médium a si mesmo o que representa ele na equipe de ação, que foi chamado a integrar, e reconhecerá facilmente o que tem sido e o que pode ser, à frente do próximo, a fim de que os talentos mediúnicos, por empréstimos do Senhor, não lhe brilhem na vida em vão.
Emmanuel
(Reformador, em março de 1969, p. 50)