“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus.” — JESUS (Mateus, 10.32)
1 No mundo, de modo geral, habituamo-nos a julgar que os testemunhos de fé prevalecem tão só nos momentos de angústia superlativa, quando o sofrimento nos transforma em alvo de atenções públicas.
2 Evidentemente, na Terra, as crises de aflição alcançam a todos, cada qual no tempo devido, segundo as lutas regeneradoras que se nos façam necessárias, no curso das quais estamos impelidos a entregar todas as energias de nosso espírito nos atos de fé. 3 Entretanto, é preciso ponderar que somos incessantemente chamados a prestar o depoimento de confiança em Jesus, através de reduzidas parcelas de bondade e tolerância, compreensão e paciência diante das ocorrências desagradáveis do cotidiano, tais quais sejam:
a referência desprimorosa;
o olhar de suspeição;
o pedido justo recusado;
o beliscão da crítica;
a desatenção e o desrespeito;
o desajuste orgânico;
o prejuízo inesperado;
a transação infeliz;
o desafio da discórdia.
4 Impõe-se-nos a obrigação de confessar-nos seguidores do Cristo, por intermédio de definições verbais claras e sinceras, mas somos igualmente convidados a fazê-lo, na superação dos aborrecimentos comuns, porquanto só atravessando as diminutas contrariedades do dia a dia, como grandes ocasiões de revelar confiança em Jesus, é que aprenderemos a suportar as grandes provações como se fossem pequenas.
Emmanuel
(Reformador, fevereiro de 1969, p. 27)