O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Segue-me — Emmanuel


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Fraternidade

“Amemo-nos uns aos outros…” — (1 João, 4.7)


1 Nem um só monumento do passado revela o espírito de fraternidade nas grandes civilizações que precederam o Cristianismo.

2 Os restos do Templo de Karnak, em Tebas, se referem à vaidade transitória.

3 Os resíduos do Circo Máximo, em Roma, falam de mentirosa dominação.

4 As ruínas da Acrópole, em Atenas, se reportam ao elogio da inteligência sem amor.

5 Santuários e castelos, arcos de triunfo e muralhas preciosas hoje relegados à miséria e ao abandono, atestam a passagem da discórdia, da prepotência e da fantasia…

6 Antes do Cristo não vemos sinais de instituições humanitárias de qualquer natureza, porque, antes d’Ele, o órfão era pasto à escravidão, as mulheres sem títulos eram objeto de escárnio, os doentes eram atirados aos despenhadeiros da imundície e os fracos e os velhos eram condenados à morte sem comiseração.

7 Aparece Jesus, porém, e a paisagem social se modifica.

8 O povo começa a envergonhar-se de encaminhar os enfermos ao lixo, de decepar as mãos dos prisioneiros, de vender mães escravas, de cegar os cativos utilizados nos trabalhos de rotina doméstica, de martirizar anciãos e zombar dos humildes e dos tristes.

9 Um novo mundo começa… Ao influxo do Divino Mestre o homem passa a enxergar os outros homens.

10 O lar, a maternidade, o berçário, a escola, o hospital, o asilo, são recintos sagrados, e um novo gênio de luz ergue-se muito acima daqueles que se faziam respeitar pela espada, pelo sangue, pela sagacidade e pela força para governar as almas na Terra.

11 Sem palácio e sem trono, sem coroa e sem títulos, o gênio da Fraternidade penetrou o mundo pelas mãos do Cristo e, sublime e humilde, continua entre nós em silêncio, na divina construção do Reino do Senhor.


Emmanuel



Reformador, março 1952, p. 50.


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