“… Trabalhando para não sermos pesados a nenhum de vós.” — PAULO (2 Tessalonicenses, 3.8)
1 Antes de Jesus o serviço, sem dúvida, constituía abjeção ou miserabilidade.
2 Excetuadas as lides da guerra e as preocupações da governança, que representavam o trabalho honroso da habilidade e da inteligência, qualquer gênero de atividade era considerado esforço inferior que deveria ser relegado aos homens cativos.
3 O “serviço-punição” estava em toda parte.
Escravos nas letras.
Escravos no ensino.
Escravos na rotina doméstica.
Escravos nos espetáculos.
Escravos no mar.
Escravos no solo.
4 Onde estivesse alguém ajudando ao próximo, no uso respeitável dos braços, aí se achava um coração jungido à vontade despótica do senhor, sem qualquer direito à própria vida.
5 Com Jesus, porém, o trabalho começa a receber o apreço que lhe é devido.
6 O Mestre inicia o apostolado numa carpintaria singela. Em seguida, é o médico dos desamparados, sem honorários; é o enfermeiro dos aflitos, sem remuneração; o educador ativo, sem recompensa… 7 E, por fim, consagrando o concurso fraterno na máxima expressão, lava os pés aos discípulos, qual se fora deles o escravo e não o orientador.
8 Desde então a Terra se renova. Cada cristão abastado ou menos favorecido procura a posição que lhe cabe a fim de agir e ser útil.
9 Materializando o ensino do Senhor, Paulo de Tarso consome-se de fadiga no trabalho incessante a fim de auxiliar a todos, sem ser pesado a ninguém. 10 E, de século a século, sob a inspiração do Amigo Celestial, o serviço é motivo de honra e merecimento, em plano cada vez mais alto, até que o homem aprenda, por si mesmo, a divina lição que indica por maior aquele que se fizer o servo de todos eles. ( † )
Emmanuel
(Reformador, março 1952, página 50)