“E qualquer que tiver dado só que seja um copo d’água fria, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o seu galardão.” — JESUS (Mateus, 10.42)
1 Meu amigo, quando Jesus se referiu à bênção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos.
2 A água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra. É como que a base pura em que a medicação do Céu pode ser impressa através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais.
3 A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias.
4 A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar, e a linfa potável recebe-nos a influenciação, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos que aliviam e sustentam, ajudam e curam.
5 A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui do imo dalma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres.
6 O Espírito que se eleva na direção do Céu é antena viva captando potenciais de natureza superior, podendo distribuí-los a benefício de todos os que lhe seguem a marcha. Ninguém existe órfão de semelhante amparo.
7 Para auxiliar a outrem e a si mesmo bastam a boa vontade e a confiança positiva.
8 Reconheçamos, pois, que o Mestre quando se referiu à água simples, doada em nome de sua memória, reportava-se ao valor real da providência a benefício da carne e do espírito, sempre que estacione através de zonas enfermiças.
9 Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades físiopsíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, espera e confia. 10 O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido com raios de amor em forma de bênçãos e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.
Emmanuel
(Reformador, fevereiro de 1951, p. 26)