“E esta é a confiança que temos para com ele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.” — (1 João, 5.14)
1 Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstáculos, pedindo as providências que se nos façam necessárias à paz e à execução dos encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos também a ele nos ilumine o entendimento, para que lhe saibamos receber dignamente as decisões.
2 Não nos esqueceremos de que a nossa capacidade visual abrange, mais ou menos, unicamente o curto espaço dos sessenta segundos de um minuto, enquanto que o Senhor, que nos acompanhou as numerosas existências passadas — existências que conservas, agora, na Terra, temporariamente esquecidas, — nos conhece o montante das necessidades de hoje e [de] amanhã.
3 Tenhamos suficiente gratidão para não suprimir-lhe a bênção.
4 A Providência Divina possui os recursos e caminhos que lhe são próprios para alcançar-nos.
5 Quando encarnados no Plano físico, se na posição de enfermos, costumamos implorar do Céu a dádiva da saúde corpórea, na expectativa de obter um milagre e, às vezes, o Céu nos responde com a imposição de um bisturi, que nos rasga as entranhas, de maneira a reconstituir-nos o equilíbrio orgânico.
6 Simbolicamente, ocorrem circunstâncias idênticas no quadro espiritual de nossa vida cotidiana.
7 Rogamos a Deus a presença da felicidade em nossos dias, segundo a concepção com que a imaginamos, mas somos, via de regra, portadores de certos defeitos, que nos impediriam acolhê-la, sem agravar as próprias dívidas, e Deus, em muitos casos, nos envia primeiramente o espinho da provação, que nos faculte a experiência precisa para recebê-la em momento oportuno, como determina o recurso operatório para o corpo doente, antes que se lhe restaure a saúde.
8 Oraremos, sim; no entanto, é imperioso, em matéria de petição, rogar isso ou aquilo ao Senhor, sempre de acordo com a Sua Vontade, porque a Vontade do Senhor inclui, invariavelmente, a harmonia e a felicidade de nossa vida.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original, liberada para publicação em 1972 e publicada efetivamente em 1979 pela FEB e é a 44ª lição do
livro “Ceifa de luz”, com diferenças insignificantes nos indicadores 2 e 5.