“E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” — JOÃO (1 João, 5.15)
1 Em nos dirigindo ao Senhor, rogando alguma concessão, condicionemo-nos ao Critério Divino.
2 Digamos no íntimo do ser:
3 “Se julgardes, Senhor, que isso nos ajudará a ser melhores para os nossos irmãos, em louvor dos vossos desígnios…”
4 “Se considerardes que assim poderemos ser mais úteis em vossa obra…”
5 E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental.
6 Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita Sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da Divina Bondade. 7 Oremos, unindo-nos aos planos do Senhor, sem exigir que os planos do Senhor se submetam aos nossos, e aprenderemos a ver e a aceitar o que seja melhor para nós, asserenando o coração.
8 Não gritarmos “eu quero…” mas afirmar, em nossa condição de Espíritos imperfeitos: “se posso querer…”
9 Em qualquer setor de organização humana, o benefício solicitado se divide em duas fases essenciais — o pedido e a solução.
10 Forçoso, porém, reconhecer que, se todo pedido é livre, qualquer solução exige exame.
11 Empregadores não atendem às requisições dos subordinados sem analisar-lhes a ficha de mérito, sob pena de prejudicarem a máquina administrativa. Professores não satisfarão exigências de alunos sem, antes, lhes observar o aproveitamento, se não querem perturbar as funções educativas da escola.
12 É lícito rogar ao Senhor tudo aquilo de que carecemos e até mesmo tudo quanto quisermos, porquanto na maioria das ocasiões não passamos de crianças caprichosas, mas saibamos implorar dele a compreensão necessária para recebermos as respostas do Alto, sem prejuízo para a harmonia da vida, porque, se sabemos o meio exato e amplo de pedir, somente Deus — pelos Mensageiros Divinos que o representam, junto de nós — sabe, em nosso favor, como, onde e quando nos atender.
Emmanuel
Reformador, dezembro 1966, p. 267.