1 Não olvides que a morte do corpo denso reintegrar-te-á no patrimônio de emoções que amealhaste a benefício ou em desfavor de ti mesmo.
2 Agora que te confias à multiplicidade de ideias e sonhos, anseios e impressões, no campo da própria alma, a dividir-se através dos sentidos que te compõem o mundo sensorial, és qual fonte de vida a espraiar-se no solo da experiência; entretanto, amanhã, serás a síntese de ti próprio, na justa aferição dos valores que a Providência te conferiu.
3 Se o Bem te preside a jornada, de certo, sob o Amparo da Lei, receberás do Senhor novos mandatos de serviço em consonância com os teus ideais, porque no culto do dever retamente cumprido, todas as criaturas ascendem verticalmente a novos quadros evolutivos.
4 Mas, se encarceras o espírito nos enganos da sombra, não esperes que a ausência da teia física se te faça, mais tarde, equilíbrio e libertação, de vez que a Lei, ciosa de seus princípios, guardar-te-á nos resultados de tuas próprias ações, compelindo-te a restaurar os fios do destino, associando-os aos propósitos do Pai Excelso.
5 É por isso que as sensações além-túmulo representam o retrato positivo das imagens que criamos no laboratório da existência física, determinando, segundo a lição do Mestre, que o fruto de nossos desejos esteja à nossa espera, onde guardarmos o coração.
6 Não te esqueças de que a alegria do Céu e os tormentos do inferno começam, invariavelmente, em nós próprios, plasmando em derredor de nós mesmos o flagelo das paixões destruidoras que houvermos abraçado no convívio deliberado da sombra, ou no Brilho do Bem, a que tivermos empenhado as nossas melhores forças, no sacrifício incessante pela Vitória da Luz.
Emmanuel