Reunião pública de 25-11-1960.
Questão n.º 302.
1 Na trilha humana, é indispensável consideres os problemas dos outros.
2 Há quem deseje seguir no ritmo de teus modos; contudo, tem os pés claudicantes.
3 Amigos vários tentam escutar determinada peça musical com a tua acuidade auditiva, mas carregam com eles os tímpanos semimortos.
4 Companheiros diversos quereriam ver a Terra com a precisão de teus olhos; no entanto, sofrem deficiências da miopia.
5 Esse pretende comer de teu prato suculento; entretanto, guarda o estômago doente, pedindo canja leve.
6 Outro aspira a partilhar-te o labor manual; todavia, mostra o braça hemiplégico, envolvido em tipoia.
7 Aquele outro procura recordar com a segurança de tuas reminiscências; contudo, traz o cérebro dominado pela amnésia.
8 Assim também, na caminhada espiritual, surpreenderás criaturas irmãs que não podem comungar-te, de pronto, a faixa de experiência.
9 Estimariam sentir como sentes e raciocinar como raciocinas; no entanto, respiram ainda nos começos difíceis ou nas provas regenerativas da inibição.
10 Tanto quanto não podes exigir passo firme a pernas enfermas, nem pensamento certo a cabeça louca, não deves esperar que o próximo te abrace a convicção ou te adote o ponto de vista.
11 Cada pessoa vê a paisagem da condição em que se coloca.
12 Conflito acalentado gera conflitos novos.
Discórdia mantida é processo de crueldade.
13 Indubitavelmente, a Doutrina Espírita, com a bênção de Jesus, não te pede aplaudir a ilusão dos outros, mas, em toda parte, é apelo vivo das Esferas Mais Altas a que aprendamos e trabalhemos, instruindo e servindo, para que a verdade, dosada em amor, se faça luz que auxilie os outros, desfazendo a ilusão.
Emmanuel