Reunião pública de 11-11-1960.
Questão n.º 4.
1 A todos os que, nas linhas do Cristianismo contemporâneo, hostilizem a ideia da sobrevivência, diante de mediunidades e médiuns, respondamos com o testamento do próprio Cristo.
2 À face desse impositivo, respinguemos, do texto da Boa-Nova, o seguinte trecho de importante carta elucidativa: ( † )
— “Notifico-vos também, irmãos, o Evangelho que já vos tenho anunciado, que também já recebestes e no qual vos mantendes, se não guardais a crença morta.
3 “Entreguei-vos, primeiro, a certeza que igualmente recebi, a certeza de que Jesus morreu por amor a nós todos, de que foi sepultado e de que ressuscitou, ao terceiro dia, conforme as Escrituras.
4 “Logo após, foi visto por Cefas, pelos doze companheiros que lhe eram familiares e, em seguida, por mais de quinhentos irmãos, dos quais a maior parte ainda permanece, junto de nós, neste mundo.
5 “Depois disso, foi visto por Tiago e, outra vez, pelos amigos mais íntimos e, ultimamente, apareceu também a mim, num fenômeno inesperado.
6 “Isso aconteceu, embora seja, de minha parte, o menor dos apóstolos, não me reconhecendo digno desse nome, mas, pela bênção de Deus, sou o que sou, cabendo-me trabalhar intensivamente para que essa bênção do Senhor para comigo não seja frustrada.
7 “Desse modo, seja por mim ou pelos outros, assim é a verdade que ensinamos e haveis crido.
8 “Ora, se se prega que o Cristo ressuscitou dos mortos, por que motivo há, entre vós, quem diga que os mortos não ressuscitam?
9 “Se não há ressurreição dos mortos, Cristo igualmente não ressuscitou, e, se o Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação e vã é a vossa fé.”
10 Semelhantes considerações parecem nascidas do punho de valoroso comentarista espírita da atualidade; entretanto, foram escritas há quase dois milênios, por Paulo de Tarso, e constam nos versículos 1 a 14, do capítulo 15, da primeira mensagem do grande amigo da gentilidade aos coríntios, aqui transcritas por nós, na linguagem de nossos dias.
11 É fácil observar, assim, que todos os cristãos, dessa ou daquela escola de fé, que procurem desacreditar mediunidades e médiuns, mais não fazem que tentar destruir as bases espirituais em que se levantam, golpeando e defraudando a si mesmos.
Emmanuel