Reunião pública de 19-9-1960.
Cap. XXXI - Dissertação I.
1 Espíritas!
O mundo de agora é o campo de luta a que fostes conclamados para servir.
2 Todas as rotas oferecem contradições terríveis.
A cada trecho, surpreendemos os que falam em Cristo, negando-lhe testemunho.
3 Ouvimos os que pregam desinteresse, agarrando-se à posse; 4 os que se referem à união, disseminando a discórdia; 5 os que exaltam a humildade, embriagando-se de orgulho, 6 e os que receitam sacrifício para uso dos outros, sem se animarem a tocar com um dedo os fardos de trabalho que os semelhantes carregam!…
7 Ontem, contudo, noutras reencarnações, éramos nós igualmente assim…
8 Recorríamos à cruz do Senhor, talhando cruzes para os braços do próximo; 9 exalçávamos o desprendimento, entronizando o egoísmo; 10 louvávamos a virtude, endossando o vício, 11 e clamávamos por fraternidade, estimulando a perseguição a quem não pensasse por nossa cabeça.
12 Hoje, no entanto, a Doutrina Espírita restaura para nós o Evangelho, em versão viva e simples.
13 Não mais o Cristo abençoando a carniçaria da guerra.
14 Não mais o Cristo monumentalizado em prata e ouro.
15 Não mais a escravidão religiosa, imaginariamente do Cristo.
16 Não mais imposições e convenções, supostas do Cristo.
17 Agora, como devia ter sido sempre, encontramos no Mestre Divino o companheiro da Humanidade, ensinando-nos a crescer no bem para a vida vitoriosa.
18 Não nos baste, pois, simplesmente crer!…
Em toda parte, é necessário sejamos o exemplo do ensino que pregamos, porque, se o Evangelho é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus, a Doutrina Espírita é a revelação pela qual o mundo espera mais amplo conhecimento do Cristo, em nós e por nós.
Emmanuel