Reunião pública de 22-8-1960.
Questão n.º 215.
1 Para cooperar na mediunidade, a serviço do bem, não deves esperar que os instrutores desencarnados te impulsionem as peças orgânicas, como se fosses um fardo movido a guindaste.
2 No reino da alma, o trabalhador, conquanto precise de inspiração, não pode considerar-se mola inerte.
3 Indiscutivelmente, o mecanismo espontâneo é nota destacada e importante, à feição de novidade para a convicção; contudo, as edificações do sentimento e da ideia exigem a vigilância da consciência.
4 Por isso mesmo, em qualquer condição da força medianímica, podes colaborar com as Inteligências superiores, domiciliadas na Vida Maior, em favor do progresso humano.
5 Se tens dificuldade para compreender-nos a assertiva, repara os campos de ação da própria Terra, em que o serviço dinamiza a responsabilidade nos mais diversos graus.
6 No levantamento do prédio vulgar, o pedreira comum, embora consciente de sua tarefa, trabalha com o espírito dirigente do mestre-de-obras; este trabalha com o espírito do arquiteto que planejou o edifício e o arquiteto trabalha com o espírito do urbanista que institui o gabarito da via pública.
7 Na escola, o professor de determinada disciplina, embora consciente de sua função, age com o espírito do diretor imediato; o diretor age com o espírito do técnico de ensino e o técnico de ensino age com o espírito das autoridades que presidem os serviços da educação.
8 Medita no assunto e perceberás que é muito difícil te movimentes sozinho, nesse ou naquele rumo da vida. Em toda parte, pensas e fazes algo sob a influência de alguém.
9 E entendendo que todos nos encontramos consideravelmente distantes do bem verdadeiro, não percas tempo perguntando se o bom pensamento te pertence à cabeça.
10 Recorda, acima de tudo, que o bem puro verte essencialmente de Deus e que os mensageiros de Deus tomar-te-ão sob a tutela do amor, se te dispões a servir.
Emmanuel