O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


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Clarividência

Reunião pública de 27-6-1960.

Questão n.º 167.


1 Como acontece na alimentação do corpo, a visão, no campo da alma, é diferente para cada um.

2 O tubo digestivo recebe o que se lhe dá, mas a assimilação do recurso ingerido obedece à disposição mais íntima dos mecanismos orgânicos.

3 Os olhos, igualmente, veem tudo; no entanto, a interpretação do que foi visto corre à conta dos processos mentais.

4 É por isso que todo fenômeno de clarividência solicita filtragem no crivo da razão.


5 Determinado médium informa ter visto inolvidáveis personalidades da História.

6 Possivelmente estará dizendo uma verdade.
Essa verdade, porém, pede estudo das condições circunstanciais.

7 Vejamos como o assunto é delicado na esfera dos próprios homens.

8 Se uma pessoa só e desavisada fosse levada a ver uma cópia da “Assunção”, de Murillo, num arranjo cinematográfico, acreditaria contemplar a venerável Maria de Nazaré escalando os céus, rodeada de anjos, quais pássaros graciosos, segundo a concepção do admirado pintor espanhol.

9 A figura de qualquer comandante de Estado, nos tempos modernos, pode ser vista a longa distância, através da televisão, e se uma criatura isolada e desprevenida fitasse a imagem falante estaria naturalmente convicta de haver entrado em contato direto com o comandante televisionado.


10 Enquanto a observação mediúnica não se generalizar mais extensamente na Terra, provocando mais amplas conclusões do chamado “consenso geral”, a mensagem da clarividência demanda considerações específicas.

11 Com isso não queremos dizer que esse ou aquele apontamento mediúnico deva ser desprezado, pois que em mediunidade tudo é ensinamento digno de atenção.

12 Ponderamos apenas o impositivo de estudo, a fim de que a interpretação particular não se dirija para as raias do ilógico.

13 Para ilustrar as nossas afirmativas, vejamos o arco-íris, a desdobrar-se diante da multidão. Efetivamente, quando surge na beleza das sete cores, parece uma coroa sublime, propositadamente desenhada por algum geômetra invisível, na glória do firmamento; entretanto, a maravilha celeste não tem qualquer expressão substancial, por estruturar-se em simples jogo de luz…


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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