Reunião pública de 30-5-1960.
Questão n.º 223 - § 6.º
1 Não é tanto de fenômenos que necessita o Senhor a fim de evidenciar-se entre os homens, embora os fenômenos consigam alicerçar a convicção.
O espetáculo que assombra, raramente ajuda a discernir.
Uma chuva de meteoros suscita observações científicas, mas não interfere em questões de conduta.
2 Não é tanto de palavras que o Senhor necessita a fim de revelar-se entre os homens, embora as palavras sejam recursos imprescindíveis na extensão do Reino de Deus.
A discussão que contunde, raramente ajuda a discernir.
O mais nobre orador pode representar-se num disco.
3 Não é tanto de raciocínio que o Senhor necessita a fim de mostrar-se entre os homens, embora os raciocínios cooperem na sublimação da inteligência.
O cálculo que exagera, raramente ajuda a discernir.
O cérebro eletrônico é precioso auxiliar da cabeça, mas desconhece os problemas do coração.
4 Não é tanto de dinheiro que o Senhor necessita a fim de externar-se entre os homens, embora o dinheiro seja elemento importante na lavoura do bem.
O ouro que descansa, raramente ajuda a discernir.
Uma casa bancária não tem livros para registro de sentimentos.
5 Não é tanto de competições que o Senhor necessita a fim de patentear-se entre os homens, embora as competições colaborem na conquista da habilidade.
A concorrência que apaixona, raramente ajuda a discernir.
A multidão aristocrática que se comprime no turfe, de vez em vez grita e chora, aplaudindo um vencedor, e esse vencedor é sempre um cavalo.
6 Para sermos fiéis na interpretação do Senhor, junto daqueles que nos rodeiam, precisamos, acima de tudo, da paciência e do amor, porque só a paciência trabalha sem cessar, construindo o progresso e a compreensão, e só o amor é poder que realmente transforma a vida.
Emmanuel