O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


11

Fome e ignorância

Reunião pública de 8-2-1960.

Questão n.º 32.


1 Atentos ao impositivo do estudo, a fim de que a luz do entendimento nos ensine a caminhar com segurança e a viver proveitosamente, estabeleçamos alguns confrontos entre a fome e a ignorância — dois dos grandes flagelos da Humanidade.


2 A fome anemiza o corpo.
A ignorância obscurece a alma.


3 A fome atormenta.
A ignorância anestesia.


4 A fome protesta.
A ignorância ilude.


5 A fome cria aflições imediatas.
A ignorância cria calamidades remotas.


6 A fome é crise gritante.
A ignorância é problema enquistado.


7 Em todos os lugares, vemos o faminto e o ignorante em atitudes diversas.


8 O faminto trabalha afanosamente na conquista do pão.
O ignorante é indiferente à posse da luz.


9 O faminto reconhece a própria carência.
O ignorante não se define.


10 O faminto aparece.
O ignorante oculta-se.


11 O faminto anuncia a própria necessidade.
O ignorante engana a si mesmo.


12 Qualquer pessoa pode atender à fome.
Raras criaturas, porém, conseguem socorrer a ignorância.


13 Para sanar a fome, basta estender pão.
Para extinguir a ignorância, é indispensável fazer luz.


14 Nesse sentido, mentalizemos o Provedor Divino.

15 Todos sabemos que o pão entregue pelos discípulos a Jesus, a fim de ser multiplicado em favor dos famintos, ( † ) é, aproximadamente, o mesmo de hoje que podemos amassar com facilidade; mas a luz entregue pelo Senhor aos discípulos, para ser multiplicada em favor dos ignorantes, exige perseverança incansável, no serviço do bem aos outros, com espírito de amor puro e sacrifício integral.

16 Valendo-nos, pois, da conceituação que a fome e a ignorância nos sugerem, concluímos que, na Doutrina Espírita, não nos bastam aqueles amigos que nos mostrem médiuns e fenômenos, para dissipar-nos a inquietação da fome de ver, mas, acima de tudo, precisamos dos companheiros valorosos, com atitude e exemplo, que nos arranquem ao comodismo da ignorância, para ajudar-nos a discernir.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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