O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Seara dos médiuns — Emmanuel


1

Num século de Espiritismo

Reunião pública de 4-1-1960.

Questão n.º 1.


1 Num século inteiro de atividades, temos visto a Ciência procurando apaixonadamente as realidades do Espírito.

2 Provas indiscutíveis não lhe foram regateadas.
E tantas foram elas que Richet ( † ) conseguiu articular, com êxito, as bases clássicas da Metapsíquica, usando recursos tão demonstrativos e convincentes quanto aqueles empregados na exposição de qualquer problema de patologia ou botânica.

3 Sábios distintos, entre os quais Wallace ( † ) e Zöllner, ( † ) Crookes ( † ) e Lombroso, ( † ) Myers ( † ) e Lodge, ( † ) mobilizando médiuns notáveis, efetuaram experiências de valor inconteste.

4 Entretanto, se nos vinte lustros passados a mediunidade serviu para atender aos misteres brilhantes da observação científica, projetando inquirições do homem para a Esfera Espiritual, é justo satisfaça agora às necessidades morais da Terra, carreando avisos da Esfera Espiritual para o homem.

5 Se o primeiro século de Doutrina Espírita viu realizações admiráveis, desde os cálculos profundos da física nuclear aos rudimentos da Astronáutica, surpreendeu, igualmente, calamidades terríveis, como sejam:  6 as guerras de conquista e rapinagem, nas quais os campos de prisioneiros foram teatro para os mais hediondos espetáculos de barbárie e degradação, em nome do direito; 7 a técnica na destruição de cidades em massa;  8 as inquisições políticas, à feição das antigas inquisições religiosas, amordaçando a liberdade de consciência; 9 a proliferação das indústrias do aborto, às vezes com o amparo de autoridades respeitáveis; 10 a onda crescente dos suicídios;  11 o delírio dos entorpecentes; 12 o abuso da hipnose;  13 o lenocínio transformado em costume elegante da vida moderna; 14 o aumento dos chamados crimes perfeitos, com manifesta perversão da inteligência, 15 e a percentagem assustadora das moléstias mentais com alicerces na obsessão.

16 Desse modo, não nos basta apenas um “Espiritismo científico” que despenda indefinida quota de tempo averiguando a sobrevivência do ser, além do sepulcro.

17 Embora a elevação de propósitos dos pesquisadores eminentes, que tateiam os domínios da alma, não podemos esquecer a edificação do sentimento.

18 É assim que, repetindo as lições do Cristo para o mundo atormentado, não nos achamos simplesmente diante de um “Espiritismo social”, mas em pleno movimento de recuperação da dignidade humana, porquanto, em verdade, perante o materialismo irresponsável, a sombrear universidades e gabinetes, administrações e conselhos, laboratórios e templos, cenáculos e multidões, o Evangelho de Jesus, para esclarecimento do povo, tem regime de urgência.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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